quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A cigarra e a formiga

Jean de La Fontaine

A cigarra, sem pensar em guardar, a cantar passou o verão. Eis que chega o inverno, e então, sem provisão na despensa, como saída, ela pensa em recorrer a uma amiga: sua vizinha, a formiga, pedindo a ela emprestado algum grão, qualquer bocado, até o bom tempo voltar. "Antes de agosto chegar, pode estar certa a senhora: pago com juros, sem mora.
“ Obsequiosa, certamente, a formiga não seria.
"Que fizeste até outro dia? "perguntou à imprevidente.
"Eu cantava, sim, Senhora, noite e dia, sem tristeza.
"Tu cantavas? Que beleza! Muito bem: pois dança agora...

*Do livro Fábulas de La Fontaine, 1992.

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