sábado, 30 de abril de 2011


Conta-se que um rico fazendeiro foi queixar-se ao padre da paróquia local, dizendo que as pessoas não o viam com bons olhos porque ele não ajudava as outras pessoas nem contribuía com as obras assistenciais da igreja e disse ao sacerdote:
- Ora, todos sabem que quando eu morrer deixarei tudo o que tenho para a igreja e seus pobres.
O sacerdote, homem sábio, disse ao fazendeiro:
- Vou lhe contar uma história. A história da vaca e do porco.
Fez uma pausa e continuou:
- Um dia o porco foi reclamar com a vaca porque ninguém lhe dava valor. Todos o desprezavam. Afinal, disse o porco, eu dou tudo o que tenho aos homens. Eles consomem a minha carne, usam meus pelos para fazer pincéis, e aproveitam até meus ossos. Mesmo assim sou um animal desconsiderado. O mesmo não acontece com você, que dá apenas o leite e é reverenciada por todos, concluiu o pobre porco.
A vaca, que ouvia com atenção, falou:
- Talvez seja porque eu dou um pouco de mim todos os dias, enquanto estou viva, e você só tem utilidade depois de morto.
O fazendeiro agradeceu ao padre pela lição e se retirou pensativo.
Muitos pensam em doar um pouco do seu tempo ao próximo só depois que se aposentarem ou doar o muito que tem só depois de partirem. No entanto, a necessidade não aguarda o tempo propício para visitar os desafortunados. A carência pede socorro agora, não mais tarde. A necessidade roga mãos caridosas hoje, não amanhã. A ignorância solicita esclarecimento imediato, não num futuro distante.
Existem tantas frentes de trabalho aguardando mãos dispostas a se movimentar em prol do semelhante, nos mais variados campos de ação. Basta boa vontade e disposição.

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